Recentemente acompanhamos e discutimos o caso de paciente apresentando
quadro de IRA secundário ao uso de lítio. Vamos revisar alguns pontos
principais desta nefrotoxicidade induzida por essa medicação, amplamente
utilizada em pacientes com transtornos psiquiátricos.
A toxicidade por lítio pode cursar com nefrite
túbulo-intersticial, hiperparatireoidismo e hipercalcemia, alteração na capacidade de
concentração urinária com desenvolvimento de diabetes insipidus nefrogênico.
A fisiopatologia destas alterações ainda não é totalmente
compreendida, como aponta Grunfeld . Esta envolveria alterações na via do
inositol monofosfato.
O diagnóstico envolve anamnese, alterações laboratoriais, dosagem sérica do lítio. E por fim, em quadros atípicos, a biópsia renal, corroborando os achados mais comuns desta nefropatia, e excluindo outras causas.
O tratamento envolve o acompanhamento da função renal, suporte
e correção dos distúrbios hidro-eletrolíticos, e claro suspensão do lítio. Mais detalhes sobre condutas dirigidas ao diabetes nefrogênico em si (como o uso da amilorida), podem ser vistas nas fontes abaixo:
Artigos sugeridos: Grünfeld JP,
Rossier BC. Lithium nephrotoxicity revisited. Nat Rev Nephrol. 2009;5:270-6.
Livro sugerido: Clinical Nephrotoxins: Renal
Injury from Drugs and Chemicals 3ed
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